A RENOVAÇÃO DA PROFISSÃO DE CORRETOR DE IMÓVEIS E O FIM DOS "CORRETORES DINOSSAUROS"
 Frederico Mendonça       2018-08-02 05:09:23

Muita gente está confundindo a renovação da profissão de Corretor de Imóveis, que já vem ocorrendo há alguns anos, com a possibilidade do fim dessa profissão, coisas absolutamente diferentes. Enquanto renovar significa substituir algo por outro mais novo ou mesmo ficar outra vez como novo, acabar quer dizer chegar ao fim, ou terminar.

É que as pessoas costumam fazer "previsões" do futuro se valendo de paradigmas do presente ou mesmo do passado. Um exemplo disso foi o que aconteceu na década de 1970. Naquela época "previram" que seria quase inviável viver na Cidade de São Paulo no ano 2.000, entre outros motivos porque o ar na grande metrópole se tornaria tão poluído que as pessoas necessitariam de máscaras de oxigênio para respirar e o Rio Tietê viraria um grande lamaçal. Mas aconteceu o contrário. Na década de 2.000 as condições ambientais na cidade de São Paulo eram bem melhores porque as indústrias e os carros se tornaram menos poluentes, devido ao surgimento de novas tecnologias, e a conscientização da população sobre as graves consequências da degradação do meio-ambiente era maior.

O que vem ocorrendo com a profissão de Corretor de Imóveis - e também com várias outras - é uma mudança radical em face das tantas novidades que ocorreram e estão ocorrendo no mundo, especialmente com relação à tecnologia, às necessidades e os hábitos das pessoas. Mas essa grande mudança é boa para quem deseja comprar, vender ou alugar um imóvel, bem como para o Corretor.

Não há mais espaço para quele profissional que passava o dia no escritório ou no estande de vendas de braços cruzados, passivamente, esperando o cliente aparecer ou o telefone tocar ao invés de buscar negócios mesmo estando de plantão; que achava que a aquisição de um imóvel era simplesmente a compra de um "produto" ao invés da concretização de um sonho; que tratava os colegas de forma ranzinza porque os via como "adversários" ao invés de potenciais parceiros; que cobrava honorários aviltados maculando a sua imagem, ferindo a sua dignidade e desvalorizando a profissão; que não se capacitava e continuava do mesmo jeito medíocre por toda a vida porque, pretensiosamente, achava que sabia de tudo; que encarava as mudanças com relutância decorrente do medo do novo, ao invés de se adequar a elas da melhor forma e desfrutar das vantagens trazidas por elas. Esse profissional arcaico sim está sumindo e em breve não existirá mais.

As mudanças ocorreram e continuam ocorrendo sem parar. Cabe aos profissionais entender que estão inseridos nesse contexto e buscar naturalmente fazer parte dele ao invés de "remar contra a maré."

É um grande equívoco achar que a tecnologia irá substituir o Corretor. Não vai porque a relação do ser humano com o imóvel é transcendental, vai muito além do estritamente material, do mero consumo frio e formal ou mesmo do simples investimento pecuniário. O que está acontecendo é uma renovação continua e sem volta, uma verdadeira revolução. Revolução de conceitos, de técnicas, de tecnologias, de formas de atendimento.

E tudo isso tem contribuído para o melhor desempenho do profissional em face da satisfação dos seus clientes. Imagine, por exemplo, o Mercado Imobiliário sem o celular, sem as imagens digitais dos imóveis, sem os sites, os portais, as redes sociais, entre outras ferramentas maravilhosas que fazem parte atualmente do dia a dia do Corretor!


Essas múltiplas mudanças estão acarretando uma espécie de "seleção natural." Vão desaparecer os "corretores dinossauros", mas vão "sobreviver", continuar existindo, prosperando e exercendo o seu importante papel no Mercado e na economia do nosso país os profissionais mais aptos, que não necessariamente são aqueles mais fortes. Algo semelhante ao que previu Charles Darwin na sua Teoria da Evolução das Espécies.

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