A concorrência geralmente é salutar e pode implicar benefícios para os profissionais, para as empresas e para os clientes. Também contribui para a manutenção do equilíbrio entre a oferta e a demanda no Mercado.
Nas duas últimas décadas, por várias razões, inclusive em decorrência do aumento do consumo e da complexidade das necessidades das pessoas, ocorreu o fenômeno da globalização, obrigando os fornecedores de bens e de serviços a buscarem novas formas de oferecê-los e a aprimorarem as suas práticas, no intuito de encantar e atrair mais clientes, tornando-se assim mais competitivos.
Mas a concorrência deve ocorrer de forma inteligente, criativa e ética. Competição de honorários, por exemplo, nem pensar! Essa malsinada prática, que consiste na cobrança de honorários aviltados, ou seja, abaixo dos valores médios praticados no Mercado, trata-se de uma forma antiética que alguns profissionais - se é que podemos chamar essas pessoas de profissionais - adotam, de forma apelativa, na ânsia desmedida de atrair clientes a qualquer custo, certamente por não possuírem algo melhor e mais interessante a oferecer, como um serviço de qualidade, por exemplo.
No primeiro instante alguns consumidores desavisados acham vantajoso pagar pouco por um determinado produto ou serviço e acabam "caindo" na ilusão, tornando-se muitas vezes uma vítima, ao invés de cliente. Mas os problemas não tardam a aparecer. É que o cliente, embora pagando pouco, deseja receber "tudo o que tem direito", mas o profissional ou a empresa contratada não tem como atendê-lo da forma como prometeu cobrando honorários tão baixos.
Surgem então os aborrecimentos que, por sua vez, são sucedidos por prejuízos e o caso vai parar na Justiça ou mesmo na Polícia.
O que no inicio parecia vantajoso acaba mal. Os "clientes vítimas" passam a falar mal do profissional e até mesmo a fazer mal juízo da profissão, enquanto que os "profissionais" inescrupulosos vão se tornando mal sucedidos e acabam saindo do Mercado, não sem antes deixarem um rastro sujo e um legado amargo.