O QUE UM PROFISSIONAL PODE E O QUE NÃO DEVE POSTAR NAS REDES SOCIAIS
 Frederico Mendonça       2018-11-15 00:37:56

As redes sociais se tornaram um verdadeiro palco onde as pessoas postam de tudo, inclusive tolices que não interessam a ninguém.

Muitas acabam esquecendo de viver o momento na ânsia de filmar ou fotografar, apelando e buscando a todo custo transformar um simples "mergulho" num "flash", como se estivessem numa espécie de Big Brother e a vida delas interessassem ao mundo.

Esse fenômeno evidencia a necessidade das pessoas de serem ouvidas, vistas e até "famosas", ainda que por nada, implicando uma "disputa" para ver quem tem mais seguidores e "amigos", bem como quais as postagens e compartilhamentos são mais curtidos, gerando uma legião de ansiosos e deprimidos. 

Essa "disputa" tem levado muita gente ao cúmulo de comprar "amigos" e seguidores, como se tê-los em grande quantidade fosse uma prova de prestígio. Aliás, pessoas com "milhares" de seguidores e poucas curtidas pode ser uma evidência disso.

Como é muito simples e rápido compartilhar conteúdos através das mídias sociais é bom lembrar que também se torna fácil cometer erros ou ser mal entendido. Para evitar ou minimizar esse risco é importante que as pessoas não exagerem nas postagens. É bom lembrar também que o excesso de postagens banais, ou mesmo sem sentido, pode passar a imagem de que a pessoa é desocupada, que não tem muito o que fazer na vida, prejudicando a própria imagem delas, especialmente a profissional.

A bem da verdade, as redes sociais seguem a vida real e o que postamos diz muito sobre quem nós somos. Divulgar conteúdo preconceituoso, mentiras, esnobações, xingamentos, "recadinhos", entre outras práticas inconvenientes ou desnecessárias, bem como escrever textos com erros de ortografia, por exemplo, não convém. Aliás, muitas empresas têm analisado o Instagram e o Facebook de candidatos a vagas de empregos antes de efetivarem a sua contratação. Por sua vez os clientes também visitam as nossas redes sociais e fazem o seu juízo de valor em face do que veem.

É prudente refletir sobre os possíveis reflexos antes de se fazer uma postagem. Na dúvida, não poste. Lembre-se que tudo o que você postar ou compartilhar estará fora de seu controle para sempre e poderá lhe causar danos irreparáveis, especialmente à sua imagem. Não ache que existe privacidade no Facebook ou Instagram, mesmo quando adstrito a um grupo de amigos ou familiares.

Utilizar as redes sociais com parcimônia e inteligência é fundamental. Antes de sair postando e compartilhando de tudo aleatoriamente é importante sabermos que não se deve divulgar, por exemplo:

Conteúdos violentos ou trágicos, como imagens ou vídeos de crimes bárbaros e acidentes com mortes;

Ofensas, piadas grosseiras, palavrões ou coisas dessa natureza, especialmente relacionadas a questões raciais, religiosas ou de gênero;

Detalhes da vida pessoal, como desavenças familiares ou conjugais, endereços do trabalho ou da escola dos filhos, viagens realizadas, presentes ou aquisições caras, lugares que frequenta (evitando inclusive fazer check-in por apps), informações financeiras (ganhos, prejuízos ou dificuldades), entre outros. Em viagens, é prudente deixar para postar as fotos na volta. Embora possa parecer bom dividir os resultados positivos que alcançamos, é melhor manter reserva e deixar de fora das redes sociais aqueles mais íntimos. Além de poder gerar cobiça ou inveja, pessoas mal intencionadas podem se valer dessas informações para fins escusos.

Fofocas e desavenças pessoais, mesmo que através de indiretas, acabam dizendo mais sobre quem posta do que mesmo sobre a pessoa a qual se referem.

Conteúdos alheios (textos, citações, pensamentos, etc.) como se fossem seus. Assim, sempre que postar conteúdo de outra pessoa mencione a autoria evitando inclusive de ser visto e taxado de copiador, imitador ou plagista;


Críticas a colegas de trabalho, funcionários ou chefes, até porque as mídias sociais não são para isso. Além de pouco profissional, proceder assim pode resultar em demissão ou mesmo numa ação de reparação por danos morais;


Conversas privadas sem autorização, mesmo que uma simples mensagem que você tenha recebido de um amigo ou seguidor, por exemplo, fazendo um elogio ou criticando alguém. Aliás, as conversas pessoais devem ocorrer e se manter no âmbito privado, pois as redes sociais se destinam a trocas de informações e não a bate-papos de cunho pessoal.

Notícias ou informações controversas ou sensacionalistas sem antes verificar a veracidade delas, o que pode passar uma imagem de que a pessoa é tola ou irresponsável;

Imagens ou vídeos em baladas regada a bebida alcoólica ou de pilequinho ou em situações estranhas que, embora possam parecer engraçadas, podem acabar sendo mal interpretadas.

Diversas outras questões também envolvem o assunto e despertam dúvidas. Por exemplo: adicionar ou não o chefe à sua rede de amigos? Nessa hipótese, vai depender da relação que se tem com ele. O ideal é assumir uma posição passiva, de modo que se o convite partir dele é recomendável que seja aceito. Uma dica para quem não quiser isso é deixar claro nas conversas do dia a dia na empresa que não gosta de ter colegas de trabalho em suas redes sociais.

Enfim, o melhor é só adicionar pessoas que realmente sejam do relacionamento pessoal ou com as quais se tenha algo em comum ou que postem conteúdos interessantes.


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